Familiares de grávida rejeitada na maternidade de Santana levam caso para Delegacia

Família da jovem registrou boletim policial
Os momentos dramáticos vividos pela mãe da pequena Kimberly Raila, recém-nascida no último dia 20 de dezembro, levaram seus familiares a tomarem sérias providências, tanto que estiveram nesta sexta-feira (22) na Delegacia de Polícia do distrito do Igarapé da Fortaleza, registrando um Boletim de Ocorrências sobre o caso. 

Na última quarta-feira (20), a jovem Wanessa Almeida, de 24 anos, deu entrada na Maternidade Estadual de Santana, com um encaminhamento médico que prescrevia um atendimento emergencial para a jovem, que chegava ao 8º mês com uma gravidez de risco, além de apresentar problemas de infecção urinária. 

Na ocasião, a jovem acabou não recebendo o amparo emergencial – que orientava uma cirurgia cesária devido às sérias contrações que sentia – tendo sido apenas receitado uma medicação para tomar, prescrita pelo médico-plantonista. 

Fabiano acompanhou os familiares
“A secretária do médico ainda falou palavras absurdas para minha irmã, dizendo que ela não estava ainda no momento certo de ter a criança, e precisava se tratar da saúde”, disse Taysse Almeida, irmã da jovem grávida, que acompanhou toda a situação. 

Segundo Taysse, do momento que a irmã chegou à maternidade (nas primeiras horas da tarde de quarta-feira) atos negligenciais foram tomados até o instante que a mesma retornou à unidade de saúde, depois de ter sido dispensada com vários sintomas graves em sua saúde. 

“Nenhum pai aguentaria ver o que eu vi: sua filha gritando de dor e pedindo pra não morrer”, disse o autônomo Expedito Chermont, pai da grávida. 

Providências 
Apesar das horas de riscos que Wanessa viveu, sua criança conseguiu sair com vida e vem sendo acompanhada pela direção da Maternidade, que já vem preparando um relatório detalhado sobre o episódio, que teve grande repercussão nas redes sociais. 

Para a família de Wanessa, muita coisa precisa ser tomada com soluções severas, já que a jovem carrega sequelas emocionais há mais de três dias. 

Boletim registrado na Delegacia
“Ela ficou tão traumatizada com a situação que passou, que não consegue dormir direito, como se aquilo ficasse ‘martelando’ a todo momento e voltando com as imagens na sua cabeça”, relata a irmã, que já procurou o Ministério Público do Amapá e agora levará a situação a frente através dos meios judiciais. 

“Existem várias pessoas que precisam ser responsabilizadas e cobraremos celeridade por parte das autoridades em apurar os fatos”, garantiu o vereador de Santana Dr.º Fabiano. 

O vereador esteve acompanhando os familiares da grávida durante visita ao Ministério Público e à Delegacia de Polícia, onde um inquérito deverá ser futuramente aberto para apurar os ações criminais e os autores envolvidos no ato. 

“Devemos evitar que episódios desse tipo se repitam dentro do sistema de saúde pública e com certeza algo será penalizado dentro das leis que nos mantem”, disse o vereador.

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