Rede de Atendimento à Mulher reúne-se para traçar plano contra a violência em Santana

Rede debate a violência contra a mulher
Na manhã desta segunda-feira, 16, a pedido da Secretaria Extraordinária de Políticas para as Mulheres (SEPM), vários órgãos da Rede de Atendimento à Mulher de Santana (RAMS) se reuniram para iniciar um plano de enfrentamento à violência contra a mulher naquele município. 

A reunião ocorreu no auditório do Ministério Público Estadual e contou com a presença de representantes de órgãos ligados à RAMS: SEPM, Penitenciária Feminina, Centro de Referência em Assistência Social (Creas), Igualdade Racial, Coordenadoria Municipal de Relações Comunitárias, Centro de Atendimento à Mulher e à Família (Camuf), Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), Promotoria da Mulher, Instituto Federal do Amapá (Ifap), Defensoria Pública do Estado (Defenap), Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram), Câmara Municipal, Instituto Sheltes, Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasc), Casa Abrigo Fátima Diniz, Centro do Idoso e Hospital de Emergência, que se reuniram após a divulgação de uma pesquisa feita pela Fundação Orvalho de Hermon, que indica que 3,73% das mulheres santanenses sofreram algum tipo de violência de janeiro a junho de 2017; São 12,2 casos de violência contra a mulher por dia; e a cada 1 hora e 58 minutos uma mulher santanense sofreu algum tipo de violência. 

Para titular da SEMP, Aline Gurgel, o encontro serviu para iniciar um plano para a diminuição da violência contra a mulher no município. 

“Após a pesquisa divulgada recentemente, decidimos unir a rede de mulheres e traçar este plano, que começa com várias ideias de todos os presentes. Esse trabalho em equipe faz com que possamos integrar as ideias e obter uma forma de frear essa violência”, disse a secretária. 

A secretária falou sobre um aplicativo que receberá denúncias de violência contra a mulher e deve ser lançado em breve pelo Governo do Amapá. 

“Toda a rede terá acesso ao aplicativo, onde vai constar a localização de onde estão os maiores índices de violência, não só em Santana, mas em todo o estado do Amapá”, garantiu Aline. 

 Para a diretora da Penitenciária Feminina, Elizângela Gomes, o trabalho da RAM deve ser levado a todos os locais, inclusive a prisão feminina. 

“Precisamos trabalhar o psicológico da mulher que está na penitenciária, para que não caia na reincidência. Hoje, temos 108 mulheres recolhidas e buscamos parcerias para que essas mulheres possam ter uma oportunidade”, frisou. 

Durante a reunião, ficou decidido que o plano será lançado no mês de novembro, durante a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que é uma mobilização anual, praticada simultaneamente por diversos atores da sociedade civil e poder público engajados nesse enfrentamento. 

Mundialmente, a campanha inicia-se em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, passando pelo 6 de dezembro, que é o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

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