Everaldo: Curso de Práticas Restaurativas capacita mais uma escola de Santana

Encerrou-se nesta quarta-feira (23/08), mais um curso de Práticas Restaurativas promovido pelo Ministério Público do Amapá, (MP-AP) através do Núcleo de Mediações, Conciliação e Práticas Restaurativas de Santana, coordenado pela promotora de Justiça Silvia Canela. 

O curso aconteceu com professores da Escola Estadual Everaldo Vasconcelos, no bairro Paraíso, e atendeu em torno de 80 professores, pedagogos e coordenadores da rede pública. 

O curso de Práticas Restaurativas acontece como um modo de possibilitar o aprendizado e multiplicação de resultados através da aplicabilidade de modelos de resolução de conflitos sem a necessidade de judicialização. 

O objetivo principal do curso é possibilitar que o âmbito escolar se organize e seja capaz de criar um núcleo dentro da unidade e utilizar as metodologias ensinadas durante a semana de capacitação, tanto para a prevenção quanto para a resolução de possíveis conflitos. 

O método se trata dos círculos restaurativos, que promovem a paz no ambiente escolar e também o diálogo aberto entre aluno e instituição. 

“A escola é um terreno muito fértil para o conflito, porque ela recebe pessoas que vêm de famílias, culturas e valores diferentes, e saber administrar isso não fácil. O curso de Práticas Restaurativas traz as ferramentas para que possamos aprender a lidar com esses conflitos”, destaca a promotora de Justiça Silvia Canela. 

“O desejo que nós temos como Ministério Público é que eles saiam daqui e possam aplicar isso no dia-a-dia, na prática, criar um núcleo de resolução, mas, principalmente, trabalhar a prevenção desses conflitos”, finaliza. 

Antônio Nogueira, que é professor de Língua Portuguesa, destaca que a participação do curso foi uma experiência extremamente proveitosa e que necessita ser difundida na sociedade, uma vez que apresenta práticas que possibilitam a resolução de conflitos sem a necessidade de chegar ao âmbito jurídico. 

“Nós, professores, já serviremos como multiplicadores, na própria sala de aula, onde poderemos solucionar conflitos de modo muito mais capacitado”, destaca o professor. 

“A princípio eu estava resistente quanto a participar do evento, então foi um desafio”, confessou a professora de História, Val Nobrega. 

“Participar deste evento me possibilitou ver novos métodos de avaliações em sala para resolver conflitos sutis, como as dificuldades dos alunos dentro do sistema de ensino”, explica. “Após alguns dias aqui, eu tirei um domingo inteiro para elaborar uma prova mais adequada para um dos meus alunos, que possui algumas dificuldades, isso não seria possível sem o curso, que me mostrou que é possível evitar que o conflito de fato exista”.

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