Do auge à decadência, a Era das videolocadoras está sumindo

Com o tempo, locadoras sofreram queda popular
Por quase três longas décadas – entre os anos de 1980 e início de 2010 –, as vídeolocadoras eram sucesso de público. Muitas crianças tiveram o seu primeiro contato com um VHS por meio desses estabelecimentos. 

Nessa época muito distante, aonde a Internet praticamente não existia, as videolocadoras reinavam no Brasil e no mundo. 

Atraiam os clientes não só com os filmes, mas também com marketings criativos que chamavam a atenção. Como as capas personalizadas, por exemplo. 

Atravessar os corredores, muitas vezes divididos por gêneros, com diversos filmes, era quase um passeio semanal (ou diário, quinzenal, mensal, dependendo da frequência que o usuário ia até uma locadora). 

Antes, muito procuradas pelo público ...
Pegar os filmes, ler as sinopses, pedir a opinião dos atendentes do local, conversar com outros clientes que estavam ali, entre outras coisas, eram práticas comuns na vida de um “frequentador assíduo de locadora”. 

Algumas pessoas poderiam ficar horas dentro de uma videolocadora, observando a melhor opção para alugar. 

Porém, em meados da década de 1990 começou a surgir a TV a cabo e a comodidade de assistir filmes em casa, sem precisar se deslocar até uma locadora. A internet também foi avançando e com ela vieram os downloads ilegais e os serviços de streaming, como a Netflix. 

Com toda essa concorrência, as videolocadoras começaram a sumir despercebidamente no mundo todo. 

No Brasil, segundo a União Brasileira de Vídeo (UBV), havia aproximadamente 14 mil locadoras no País entre 2003 e 2005. Em 2009, o número já tinha caído mais da metade: eram apenas 6 mil. Hoje (2017), estima-se que há cerca de 3 mil locadoras em funcionamento no Brasil. 

Fechamento 
Assim como no restante do país, na segunda maior cidade do Estado do Amapá (Santana) não seria diferente. Nos últimos dois anos, a queda nesse ramo de entretenimento caiu em quase 50%. 

Em agosto de 215, o blog Santana do Amapá fez uma matéria sobre esse assunto, onde ainda haviam cinco videolocadoras existentes na cidade santanense

... corredores de locadoras estão agora vazios
Mas atualmente, restam apenas três estabelecimentos dessa área em atuação no mercado local, sendo que duas já estão com placas de vendas individuais de seus acervos. 

Um desses pontos está localizado no bairro Paraíso, onde o proprietário – que já esteve no auge do comércio da videolocação – até colocou uma faixa de venda. 

Com cerca de 3 mil filmes no acervo, Padilha conta que já houve tempos em que chegava a locar mais de 300 filmes por semana. 

“Já tivemos tempos em que fazíamos locações entre 200 a 300 filmes semanais, que variavam de catálogos a lançamentos. Hoje tudo piorou, chegamos a ficar uma semana sem locar ao menos um filme. É lamentável”, lamenta Padilha, que agora se desfaz de um negócio que lhe rendeu bons momentos nos últimos 16 anos. 

“Pra quem acompanhou a conversão do VHS para o DVD, vemos que o futuro terá outras maneiras de assistirmos filmes”, finalizou.

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