“Duas Mães”: A felicidade desta data especial após uma longa batalha judicial pela adoção

“Minha filha faz questão que o Dia das Mães seja para as duas”, conta a técnica em enfermagem Joyce Nazário, de 39 anos, que é casada com a professora Magna Luz, de 52 anos. O casal esperou seis longos anos na Justiça para enfim adotar a pequena Emanuele Luz, de 09 anos. 

Foram seis longos e exaustivos anos para Joyce e Magna conseguirem finalizar o processo de adoção da filha Emanuele Luz. Entre angústias e incertezas, as mães focaram no amor para prosseguir com garra a luta na Justiça para a guarda definitiva da criança. 

Residentes do município de Santana, elas lembram que iniciaram o procedimento legal em 2010, quando a filha tinha apenas 2 anos de idade, e chegaram ao fim desta trajetória no dia 15 de setembro de 2016, quando a menina estava com oito anos. 

“Quando a gente pensa no papel, temos noção do que o documento requer. Mas, para nós, durante o tempo de luta pela adoção, chega um determinado momento que a gente só pensa no amor que a gente tem para dar a uma criança”, disse Joyce. 

Entre o período de espera para a aprovação do pedido de adoção, a mãe biológica de Emanuele que não tinha condições de criar, chegou a voltar atrás e pedir a filha de volta. Aflitas, Joyce e Magna disseram que em nenhum momento chegaram a solicitar na Justiça a continuação do processo sem a autorização da mãe biológica. 

O casal conta que Emanuele acompanhou todo o processo de perto, sendo informada sobre cada obstáculo e novidade. A menina é filha biológica do irmão de Joyce, Eglison Nazário, que morreu em 2013. Três anos antes, ele teria oferecido a filha para ser adotada pelas duas mulheres com a aprovação da esposa. O nome dele foi mantido na certidão da criança. 

Magna se emociona ao falar que a filha não faz distinção entre as mães, a qual trata com respeito de forma igual. Ela destaca as festas de Dias das Mães que a pequena já passou nas escolas onde estudou. 

“As professoras geralmente quando não tem conhecimento sobre a gente, pedem para convidar a mamãe. A Emanuele sempre reforça que ela tem duas mães, ao invés de só uma. Ela pede convite em dobro, brindes e tudo mais. A gente tenta dizer para ela que não é necessário, mas ela faz questão que o Dia das Mães é para as duas”, falou Magna. 

Joyce e Magna estão juntas há 21 anos. Com tudo certo na Justiça, a família ainda busca combater o preconceito na sociedade, mas acredita que o amor está acima de todos os problemas enfrentados ao longo de todo o tempo. 

Informações do G-1 Amapá

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