Curso de formação em práticas restaurativas chega à Escola Amazonas em Santana

Durante uma semana o auditório do SEBRAE em Santana foi palco de mais um curso de formação em Práticas Restaurativas na Escola, promovido pelo Ministério Público Estadual, em cooperação com o Tribunal de Justiça do Amapá, Secretaria de Educação do município de Santana e Secretaria Estadual de Educação. 

A capacitação foi voltada para professores da Escola Municipal Amazonas, pais de alunos, moradores do entorno do colégio e funcionários dos órgãos que compõem as redes de atendimento à infância e juventude, e, ainda, à mulher em situação de violência, como o CAMUF, Centro de Saúde da Mulher e o CRAM. 

Para a diretora da Escola Amazonas, Vilma Sueli Duarte de Moraes, o curso veio em boa hora, em um momento onde a violência e a intolerância estão cada vez mais presentes no ambiente escolar. 

“Essa iniciativa de trazer um curso como esse de altíssima importância, que vai preparar nossos funcionários e envolver a comunidade para, através do diálogo e do consenso, solucionar conflitos dentro da nossa escola, é fundamental para que possamos evitar que esses mesmos conflitos se transformem em problemas maiores e cheguem até o Judiciário por meio de um processo que poderia ter sido evitado”, disse. 

Maria Izabel Corrêa Lobato já sabe como aplicar o que aprendeu durante o curso. “Foi muito bom ter participado desta capacitação, porque além de mãe e avó, eu também sou funcionária da escola e lido com essa garotada todos os dias. Com esse treinamento e o uso correto das técnicas, vou poder utilizar o que aprendi não só dentro da minha casa com meus filhos e netos, mas, também, no meu dia a dia de trabalho com meus outros filhos de coração, que são os alunos”. 

O curso, que teve a participação de 100 voluntários, contou com a presença da titular da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Santana, juíza Larissa Noronha Antunes, que palestrou sobre o funcionamento das redes de atendimento à infância e juventude. 

“O Judiciário está buscando atuar com as escolas, pois hoje os estabelecimentos de ensino enfrentam ocorrências de violência que assustam e amedrontam alunos, funcionários e por consequência a sociedade. A Justiça do Amapá, junto com órgãos públicos parceiros, está trazendo para o ambiente escolar ferramentas de pacificação, que certamente muito podem ajudar a diminuir os conflitos dentro e fora das salas de aula”, concluiu a magistrada.

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