Sob domínio japonês, Amcel acompanha a tecnologia em prol de suas atividades

Grupo japonês assume Amcel
Em 26 de dezembro de 2006, a International Paper do Brasil (IP) firmou um contrato de venda, colocando a empresa Amapá Florestal e Celulose S.A. (Amcel), subsidiária exportadora de cavacos de madeira e biomassa localizada no município de Santana (AP), às empresas japonesas Marubeni Corporation e à Nippon Papers Industries Co. Ltda. 

Os negócios da Amcel englobavam, até então, aproximadamente, 67 mil hectares de florestas plantadas de pinus e de eucalipto nos municípios amapaenses de Santana, Tartarugalzinho, Porto Grande, Ferreira Gomes, Macapá e Itaubal do Piririm, além da produção de cavacos e biomassa. 

A empresa contribuía de maneira consistente com a IP, com altos índices de produtividade. Seus profissionais, seus produtos de qualidade e uma extraordinária relação comercial com os clientes eram considerados de características destacáveis. 

“O sucesso das operações da Amcel não seria possível sem a colaboração dos seus profissionais, que são extremamente competentes, talentosos e comprometidos com as estratégias de negócios da IP no Brasil. Este é o maior dos patrimônios que os novos controladores herdarão: o valor e profissionalismo do quadro de colaboradores da Amcel”, afirmou Maximo Pacheco, na época, presidente Executivo da IP Brasil. 

Sede americana da Nippon, atual dona da Amcel
Empregando cerca de 1.000 profissionais (entre efetivos e prestadores de serviços) especializados no segmento, a Amcel sempre esteve se comprometendo com a saúde, segurança e qualidade de vida de seus colaboradores, chegando até mesmo a desenvolver trabalhos sociais para com as comunidades dos municípios onde empenhava atividades. 

Desde 2003, investia mais de R$ 1,4 milhão em ações sociais em Santana e também nos municípios de Tartarugalzinho, Porto Grande e Ferreira Gomes, que resultaram numa efetiva melhora na qualidade de vida das populações. 

Com sua venda, a Amcel passa a ser vista de outra forma pelas novas concessoras asiáticas, que notam não apenas sua plataforma logística de trabalho, como também sua boa localização geográfica, focando nisso para os mercados norte-americanos e europeus, que também desenvolvem negócios comerciais na área de papéis para imprimir, escrever e em embalagens. 

Modernização Industrial
Em 1º de fevereiro de 2013, é inaugurada a nova fábrica da Amcel, com capacidade de processar 180 ton/hora de toras de eucalipto em cavacos, com total segurança em suas operações. Além da alta qualidade do produto, passaria a ter a mais moderna tecnologia de corte e peneiramento, atendendo os mais exigentes mercados. Somente nesse primeiro ano de novas operações (2013), a nova fábrica produziria aproximadamente 436 mil toneladas de cavacos, embarcados em 16 navios. 

Torre contra incêndio da Amcel. Foto de 1978
Em 1º de abril de 2013, o controle acionário da Amcel passa para o domínio das nipônicas Nippon Paper Industries (esta já operava a empresa Amcel desde 29 de março corrente) e também pela NYK-Nippon Yusen Kaisha, onde ambas tem uma produção anual de cavacos de cerca de 900 mil toneladas, que são processados e exportados para Portugal, Espanha, Itália, Turquia, Finlândia e Japão. 

Desde a sua instalação (na década de 1970), a Amcel investiria cerca de R$ 240 milhões em infraestrutura florestal, tais como: viveiro de produção de mudas, plantio, manutenção de florestas, máquinas e equipamentos destinados ao desenvolvimento florestal sustentável nas áreas antropizadas de cerrado e campo no Estado. 

Nova fábrica de cavacos da Amcel, em Santana
Atualmente com uma área de 60 mil hectares de floresta de eucalipto já plantada, a Amcel investiu pouco mais de R$ 50 milhões entre 2014-15 na plantação de quase 11 mil hectares florestais, concretizando assim parte de seus planos de 130 mil hectares de florestas plantadas, se tornando uma das empresas líderes do setor florestal do Norte do Brasil. 

Nesta trajetória de quatro décadas de existência, a empresa veio superando dificuldades e as condições adversas de clima e solo, testando cerca de 3.000 clones diferentes, na busca de um clone ideal para produção de fibras que atendam as necessidades de mercado. O desenvolvimento de pessoas e de tecnologias florestais, bem como a qualidade nas operações são desafios constantes no dia a dia da empresa. 

Com estimativa de vendas anual de quase R$ 90 milhões, emprega aproximadamente 400 funcionários diretos e outros 1.200 indiretos, se destacando como propulsora do desenvolvimento florestal e industrial do Estado do Amapá, com bases florestais em pelo menos sete municípios. 

Suas operações de pesquisa e o manejo sustentável das florestas de eucalipto são certificadas pela norma internacional ISO 14.001 e FSC-Forest Stewardship Council, que confirmam nosso compromisso com práticas sustentáveis, conciliando os interesses ecológicos, sociais e econômicos.

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