Policiais federais cumprem nesta quinta-feira (11/08) em Macapá e Santana, no Amapá, 13 mandados de prisão, 04 de condução coercitiva, sequestro de bens, além de busca e apreensão. As ações são referentes à Operação “Isis”, que investiga a adulteração de dados pessoais para obtenção de benefícios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A PF confirmou que os investigados usavam nomes e idades falsas para receber o Amparo Social do Idoso, benefício que garante um salário mínimo mensal a pessoas acima de 65 anos, que não tenham condições de se manter, independente de terem contribuído para a previdência. O prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 400 mil, informou a polícia.
A longo prazo e tendo em vista o número de pessoas irregulares que estavam “na fila de espera” para receber o Amparo Social, o desfalque no erário poderia ser de até R$ 5,8 milhões, calculou a instituição. A PF chegou até os envolvidos após o INSS em Macapá identificar e investigar alguns cadastros com erros ortográficos e gramaticais.
Os indícios de adulteração surgiram no fim de 2015, e, à época, três pessoas foram presas e confessaram o crime, alegando que tinham menos de 65 anos.
As ações contam ainda com o apoio do Ministério Público Federal e da Assessoria de Pesquisa Estratégica Gestão e Risco (APEGR).
Em caso de comprovação das adulterações, os suspeitos podem responder pelos crimes de estelionato majorado, falsificação de documento público, falsidade ideológica, organização criminosa ou associação criminosa, com penas que podem chegar a 21 de anos de prisão.
Nota: A operação recebeu o nome “ISIS”,
visto que durante as investigações constatou-se que eram criadas
“novas” pessoas, com nomes falsos, filhos de pais e avós fictícios,
fazendo uma alusão ao significado do nome, que na versão grega é
representada pela expressão “eu nasci de mim mesma, não venho de
ninguém”.
Fonte: G 1 Amapá
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