Pela 1ª vez, Silos do Porto de Santana recebem grãos de soja produzidos no Amapá

Porto de Santana foi adaptado para receber a soja
O Amapá deu mais um importante passo para o início do processo de exportação de grãos produzidos em solo amapaense. Na manhã desta quarta-feira, 27/07, aconteceu o transbordo de 500 toneladas de soja para a unidade armazenadora localizada na Companhia Docas de Santana. A expectativa é de que até setembro ocorra a segunda etapa do processo, que é a exportação do produto para os mercados europeu e asiático. 

A soja ficará armazenada em silos, espaços onde os grãos ficam estocados a umidade de no máximo 14%, seguindo o padrão internacional até serem comercializados. A unidade gerenciada pela empresa Cianport, possui três silos com capacidade de 18 mil toneladas cada, totalizando 54 mil toneladas. No local poderão ser armazenados o milho e a soja por até um ano. 

“Esse produto fica armazenado até atingir a quantidade do lote para exportação que é de 45 a 50 mil toneladas. Recebemos o produto limpo e mantemos na umidade adequada”, explicou o gerente da unidade, Gilberto Coelho. 

Exportação da soja deve começar em Setembro
Por meio do Porto de Santana, o Amapá pode comercializar os grãos produzidos diretamente para outros países. 

De acordo com o presidente da Companhia Docas de Santana, Eider Pena, este é um momento histórico para o Amapá. 

“O Amapá deixa de ser um Estado apenas consumidor e passa a ser produtor e exportador. É a realização de um sonho. São 15 anos de trabalho para chegarmos até aqui”, relatou. 

Eider Pena destaca ainda o empenho do Governo do Estado para a produção de grãos no Amapá. 

“O governo teve um papel fundamental no processo, com o incentivo ao transporte de calcário para beneficiamento do campo e a regularização fundiária, bem como o investimento em rodovias”, afirmou. 

Construção dos Silos seguiu normas federais
A estimativa de colheita de soja para este ano é de 50 mil toneladas, quantia que abastece um navio cargueiro. A primeira carga deverá ser transportada em setembro, momento esperado pelos produtores. 

“Não adianta produzir sem ter para onde armazenar e posteriormente vender, então, esse momento é um avanço para o nosso setor e estamos muito contentes e seguros para continuar investindo no Amapá”, disse o integrante da Associação de Produtores de Soja no Amapá (Aprosoja), Carlos Kaaczam. 

A Unidade armazenadora é gerenciada pela empresa Cianport, que ainda pretende instalar no Amapá uma esmagadora para produção biocombustível, de ração e óleo comestível, contribuindo então para a produção de alimentos de origem Animal no Amapá, o que possibilitará que o Estado comece a investir na avicultura e piscicultura. 

Geração de empregos
A produção e escoamento de grãos aumenta a geração de empregos no Estado. Quanto mais grãos produzidos, mais pessoas são necessárias para a realização do transbordo do produto. 

Além da contratação de empresas terceirizadas como as que trabalham com caçambas utilizadas no transporte do produto. 

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