Comunidade aciona MP sobre “apagões” em Santana

Promotoria do Consumidor de Santana agendará
uma audiência para tratar desses "apagões".
Moradores que residem em bairros como Fonte Nova e Paraíso procuraram o Ministério Público Estadual em Santana na manhã desta quarta-feira (16/03) com o objetivo de levarem ao conhecimento da justiça os constantes “apagões” que, segundo os moradores, vem acontecendo há vários dias em diversos bairros da cidade, e causando prejuízos materiais para os comerciantes. 

De acordo com os moradores, inúmeras interrupções no fornecimento de energia elétrica vêm ocorrendo há dias nesses bairros, sendo que nessa terça-feira passada (15), a interrupção chegou a um nível mais prejudicial, deixando grande da cidade santanense “as escuras” por mais de 10hs, incluindo os bairros Fé em Deus, Parque das Laranjeiras, Mutirão, Jardim de Deus I e II. 

“É uma tremenda falta de respeito com o povo que a paga por uma conta de energia alta e ainda tem que ficar no escuro”, reclamou a doméstica Socorro Andrade, residente no bairro Fonte Nova, em postagens nas redes sociais. 

Ação Pública
O encontro no Ministério Público foi intermediado pela promotora Gisa Veiga, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, da Cidadania e do Consumidor da Comarca de Santana, que também já esteve a frente de outras situações relacionadas à estatal elétrica no Amapá, como sendo ela a autora da liminar que proibiu a CEA de efetuar os serviços de cortes de energia nas residências de Santana por período indeterminado. 

Além da promotora, o advogado Fabiano Oliveira – que atua em causas cíveis ao consumidor – também participou da reunião comunitária. 

“Vamos convocar os representantes da CEA e da empresa-responsável pela geração terceirizada (a Agrekko) para que possam esclarecer os reais motivos desses desligamentos que não são programados”, garantiu a promotora Gisa, que prevê para o próximo dia 06 de abril uma reunião com esses representantes legais. 

A promotora ainda adiantou que vários depoimentos técnicos serão recolhidos com o propósito de evitar que situações de calamidade dessa proporção continuem se repetindo, motivando a abertura de uma Ação Cível Pública. 

“Já havíamos acionado a CEA sobre essas situações, mas parece que o problema retornou e agora demonstrando um risco maior para a sociedade. Se pudermos adiantar essas providências o quanto antes, evitaremos novos desligamentos”, disse Gisa. 

Na reunião tratada nessa terça-feira, o advogado Fabiano Oliveira se comprometeu de averiguar e levantar novas informações relacionados aos prejuízos públicos ocasionados principalmente pelo “apagão” do dia 15 de março, que deixou mais de 45 mil santanenses de 07 bairros sem energia elétrica no período das 09hs da manhã até as 19hs da noite. 

Em nota divulgada para a imprensa, a CEA informou que a longa interrupção se deu em decorrência de um problema mecânico no disjuntor do Alimentador Paraíso que atende os referidos bairros.

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