Município mantém ações sobre a coleta e destinação do lixo domiciliar

Ancelmo que ações educativas continuarão, para
depois começar as aplicar as multas corretivas.
Desde o mês de dezembro do ano passado que a Prefeitura de Santana, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Resíduos Sólidos (Semdures) vem realizando constantes ações educativas e disciplinares sobre a coleta e a destinação do lixo produzido pela população santanense. 

Segundo o titular da pasta, Ancelmo Brandão, as ações que ainda estão sendo tomadas visam orientar e conscientizar a população, para que posteriormente providências mais sérias comecem a ser efetivadas. 

“Nessa 1ª fase estamos apenas orientando e pedindo a colaboração da população em zelarem por seus terrenos como forma de garantirmos uma saúde pública mais segura para a sociedade, somente a partir da 2ª fase que começaremos a ser rígidos com as ações”, explicou o secretário, que também adiantou que toda esse trabalho de anseio público vem contando com apoio do Batalhão Ambiental, que acompanha diversos casos de intolerância de infratores. 

“Recebo várias denúncias de pessoas que limpam seus quintais, mas que tem um vizinho que não contribui da mesma forma, deixando com que vários entulhos se acumulem nesses terrenos”, apontou. 

Ancelmo alerta que após esse período de ações educativas, será seguido uma nova etapa que consistirá na punição arbitrária desses infratores, resultando em multas de valores que já estão sendo discutidos. “Se a pessoa não se adequar como estamos orientando, de maneira educada e corretiva, seguiremos para uma linha que acarretará em multa”. 

A intenção, segundo Ancelmo, é aplicar uma multa cobrada que possa ser inserida na anuidade do IPTU do infrator, uma proposta administrativa que vem sendo estudada pela procuradoria do município. “Com isso, o infrator pensará melhor sobre os atos que comete”.  

Canais
Ancelmo também pontou sobre os serviços de limpeza que estão sendo feito nos canais pluviais do município, em razão do período chuvoso que já chegou, na qual já vinha sendo questionado pela população. Porém, alguns pontos relacionados a esses serviços estão sofrendo constantemente prejudicados por ações feitas por terceiros. 

"População tem que continuar contribuindo nesses
trabalhos, denunciando os infratores".
“É feito a limpeza dos canais um dia, e no outro já recebemos a informação de que alguém jogou uma geladeira velha no canal, daí temos que ir lá retirar a geladeira, justamente para evitar que a população pense que o poder municipal não tem interesse pela limpeza daquele canal”, justificou Ancelmo, que ainda acrescentou: “E como esses canais passa por áreas baixas, é fácil demais de obstruir o acesso de água por esses locais”. 

Aterros Irregulares
Outro ponto que vem sendo preocupante pelo poder municipal se refere aos serviços de aterros irregulares que vem acontecendo em alguns bairros da cidade, onde até áreas de ressacas estão sendo aterradas sem qualquer consentimento dos órgãos ambientais, contribuindo para que o fluxo das águas pluviais seja interrompido, causando maiores transtornos públicos e culminando no possível registro de casos de doenças como Dengue e Chikungunya. 

“Essas áreas vão sofrendo danos ambientais que deixam de contribuir na afluência dessas águas que passam pelos canais, e que com certeza trará consequências para a população”, explicou Ancelmo, que já encaminhou a situação aos órgãos competentes (da área ambiental) para que providências drásticas sejam tomadas sobre esses fatos. 

Lixeiras “viciadas”
Assim denominadas os locais que acumulam lixos jogados constantemente por pessoas, as conhecidas lixeiras “viciadas” vem sendo outro assunto debatido pela Semdures, na qual locais considerados de pouco fluxo humano (sem muito acesso de carros e pedestres) são utilizados para servir de lixeiras urbanas, o que vem acarretando constantes epidemias de doenças. 

“Locais bem escondidos, como atrás do Centro de Diagnóstico da Mulher (área portuária), atrás do prédio da Biblioteca Pública (bairro Nova Brasília) são pontos muito usados como lixeiras viciadas e vem sendo uma dor de cabeça pra gente, que limpamos quase todo mês, mas assim mesmo ainda vem sendo utilizada pelas pessoas”, contou. 

Ancelmo prevê a construção de áreas de lazer contendo traços urbanísticos com uso desses materiais descartados nos lixos urbanos, sendo esta uma forma de transformar o chamado “inútil ao agradável”. 

“Temos um projeto de construirmos áreas de lazer como praças e lugares de passeio, que possam ser erguidos nesses locais que ainda servem de lixeiras viciadas. E acreditamos que levantar um projeto desse tipo terá a total participação de todos”, finalizou o secretário.

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