60 mil pessoas deverão visitar o Cemitério santanense

Cemitério passou pelos serviços de limpeza
Desde o final da semana passada que a Prefeitura de Santana já havia interditado uma parte do cruzamento da Rua Adálvaro Cavalcanti com a Avenida Walter Lopes da Cruz, na entrada do bairro Provedor I, pois nesse trecho está localizado o único cemitério do município de Santana há quase quatro décadas. 

A interdição do trecho se limitará somente para o tráfego de pedestres, já que no próximo dia 02 de novembro (na segunda-feira) estará se comemorando o “Dia de Finados”, uma data destinada a relembrar e homenagear as pessoas (ou parentes) já falecidas. 

Para garantir a ordem no local, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Resíduos Sólidos da Prefeitura de Santana efetuou um mapeamento e cadastramento das pessoas que estariam licenciadas a comercializar produtos durante a visita ao Cemitério Municipal de Santana. Pelo menos 20 trabalhadores informais foram cadastrados para agirem nas imediações do Cemitério santanense até a próxima segunda-feira. 

Parentes limpando túmulos de familiares.
Um desses vendedores cadastrados é a autônoma Sueli Nobre que providenciou a montagem do seu espaço de venda no início dessa semana, já dispondo da comercialização promocional de velas e vasos ornamentais como interesse daqueles que estiverem visitando o local. 

“Do jeito que a crise tem estado, não podemos colocar nada caro para acumular produtos depois dessa data. Tem caixa de velas que tá saindo pela metade do valor que eu comprei”, disse Sueli, que já pretende ficar “reversando” no local a partir do domingo (dia 1º), juntamente com o marido, oferecendo os produtos fúnebres. 

Visitação
Segundo a administração do Cemitério Municipal de Santana, calcula-se que cerca de 60 mil pessoas deverão visitar o local na próxima segunda-feira, onde ficará aberto das 06:30hs da manhã até às 19:00hs da noite. 

“A maior parte desses visitantes costuma vim ao cemitério depois das quatro da tarde, quando deixam pra vim acompanhado de outros parentes, e aproveitam para ficar até o horário de encerrar as visitas”, justificou Paulo Afonso, que presta serviços nos sepultamentos no local. 

Local deverá receber cerca de 60 mil visitantes.
O Cemitério de Santana existe desde 1977, quando a cidade ainda era distrito de Macapá. Na época, já havia uma cemitério irregular que funcionava numa área ao lado da antiga fábrica de compensados da Brumasa, que precisou ser desativado em meados da década de 1970 para ceder lugar na construção do cais da Portobrás (hoje extinta). 

Para não deixar a pequena cidade portuária sem um local digno para enterrar seus entes queridos, a Prefeitura de Macapá delimitou uma nova área (e maior) para servir de Cemitério santanense. 

No local estão sepultadas dezenas de pessoas que prestaram relevantes serviços para o Amapá em diversos setores da sociedade, como o padre Ângelo Biraghi, o cantor Lemos Coiê (autor de “Lá Vai o Trem”), entre outros. Este mesmo local que acomoda as mais de 350 vítimas do naufrágio do Barco-motor “Novo Amapá” em 1981, considerada a maior tragédia fluvial da América Latina. 

Com mais de 22 mil pessoas já enterradas (entre adultos, crianças e fetos), o Cemitério de Santana deixou de atender a novos sepultamentos desde 2005, cedendo apenas aos enterros de quem já possui jazigo familiar.

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