Sem legalidade, mototaxistas já circulam em Santana

Ilegais, esses mototaxistas agem discretamente
Considerado um dos serviços de transporte público mais eficaz e rápido por boa parte da sociedade, o serviço de mototáxi já vem agindo parcialmente no segundo maior município do Amapá. 

Por estarem diante de uma oportunidade de trabalho que não tem autorização legal do Poder Municipal de Santana, esses profissionais são obrigados a desenvolver tal atividade de maneira bastante discreta. 

“Já somos quase 20 motoqueiros organizados, onde procuramos atender aquela classe de pessoas que não tem condução própria e que gostam de chegar mais rapidamente a um destino”, explicou o autônomo Adnelson Ferreira, que desempenha a referida função, porém, admite que realizar essa atividade tem lhe custado passar por situações arriscadas. 

“Como esse serviço ainda é irregular em Santana, temos que ficar agindo em um local que fica fora dos limites da cidade, justamente para evitar atrito com os taxistas da cidade”, salientou o autônomo, que também contou que seus outros “colegas de profissão” teriam até criado um ponto de estacionamento exclusivo para a categoria, localizado no calçamento do posto de gasolina que fica no entroncamento da Rodovia Duca Serra (Trevão), no sentido de quem vai para o Rio Matapí, como forma de agirem sem causar qualquer divergência com a classe de taxistas de Santana. 

“No acordo que fizemos com os taxistas de Santana, ficou certo de que nossa clientela só pode ser pega no Trevão, podendo deixar em qualquer parte urbana de Santana e depois retornar pro Trevão. Por enquanto não é permitido circular rotativamente por dentro da cidade”, explicou um colega de Adnelson, que fixa seu ponto de trabalho nesse mesmo local. 

Legalização Pública
Adnelson conta que há vários meses essa nova classe de “trabalhadores independentes” vem lutando por condições legais para exercerem esse serviço para com a sociedade santanense. No entanto, esbarram na burocracia legislativa que, segundo o autônomo, parece favorecer apenas outra categoria. 

“Já tomamos conhecimento que o Projeto de Lei que regulariza esse serviço (do mototáxi) vem sendo derrubado desde 2007 pelos vereadores toda vez que é apresentado na Câmara. Dizem que fazem isso para favorecerem os taxistas que acham que irão perder mais ainda com a nossa entrada”, disse. 

Para Adnelson, que chega a faturar a faturar entre R$ 40 a R$ 50 reais por dia, a implantação regular do mototáxi em Santana se tornaria apenas mais uma opção de transporte alternativo para as pessoas de baixa renda. 

“Nem todo mundo tem condições de pagar um táxi de R$ 20 ou R$ 30 reais para chegar ao centro da cidade ou ir para o trabalho, assim como também tem bairros que nem os táxis chegam a passar, que são aqueles mais distantes do centro. E o mototáxi apenas vai ampliar essas opções para nossa população”, finalizou.

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