Moradores temem a insegurança por reabertura de casa noturna

Local deixou péssimas lembranças no bairro
Se já não bastassem os mais recentes registros de assassinatos que estão assustando a população de Santana nos últimos dias, aparece uma nova preocupação para os moradores que residem no bairro Paraíso: um estabelecimento situado no cruzamento da Avenida Castelo com a Rua Juscelino Kubstcheck vem passando por constantes reformas físicas, aparentando se tratar de um ponto comercial que deverá funcionar no horário noturno. 

Para quem reside nas proximidades, no local já funcionou duas casas noturnas que não deixaram boas lembranças para quem mora no bairro: entre reclamações de perturbação do sossego público, também vieram registros de mortes que repercutiram na cidade. 

“Era um som alto e perturbador que ninguém aguentava. Cansamos de ligar pro Batalhão Ambiental para virem retirar essas pessoas que só causavam incômodos pra gente”, questionou o pedreiro Marinaldo Carvalho, que mora próximo ao local. 

Outra pessoa que tem inúmeros motivos para está preocupado com a possível reabertura de uma casa noturna no local é a doméstica Maria Isabel Ferreira. Segundo a doméstica, como o ponto está localizado em frente de uma praça pública, o encontro de gangues era comum no local. 

“Quando chegava às duas ou três da manhã, a gente só ouvia aquelas gritarias de pessoas correndo pela rua. No outro dia era certo que diziam que tinham esfaqueado ou matado alguém aqui perto da boate”, contou a doméstica, que ainda lembrou da quantidade incalculável de lixo deixado em via pública pelos frequentadores do local. 

“Era latinha de cerveja, resto de comida, e até sacolas de ambulantes que jogavam pelo meio da rua. Daí sobrava para as pessoas que moram aqui próximo, que tinham que limpar, por que os donos da boate diziam que não era responsabilidade deles”, relatou. 

Moradores temem por novos crimes no local
Mortes no local
A doméstica Maria Isabel ainda lembrou de um crime ocorrido em 2011, em frente da referida casa noturna, onde vários frequentadores chegaram a testemunhar o fato e não fizeram nada. 

“Contam que a confusão se formou dentro da boate e depois veio pra rua. Daí marcaram quando um garoto havia se estranhado com outro lá dentro e fizeram um cerco de quatro marginais que meteram três facadas em um garoto que dizem não ter tido qualquer envolvimento com a confusão. O garoto ficou caído no canto da praça por um bom tempo e ninguém se manifestou pra dizer que era parente dele, somente quando a polícia chegou foi que avisaram uma irmã desse garoto (morto) sobre o ocorrido”, contou a doméstica. 

O blog tentou conversar com o proprietário da casa noturna, através de informações com os pedreiros envolvidos na reforma do local, porém, os mesmos não quiseram comentar sobre a situação e nem liberaram o contato com o proprietário do ponto.

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