Serviço inacabado do Governo Estadual causa transtornos em Santana

Moradores que residem no cruzamento da Avenida Castelo Branco com a Rua Everaldo Vasconcellos, no bairro Fonte Nova, em Santana, não estão mais aguentando uma triste situação que vem sendo deixada pelo Governo do Amapá, que iniciou um extenso serviço de ampliação no sistema de abastecimento de água e esgoto para atender alguns bairros como Fonte Nova e Parque das Laranjeiras. 

Segundo moradores adjacentes, os serviços de escavação do local para implantação dos tubos de artefatos começou no início de setembro, com previsão de serem concluídos em menos de 30 dias, mas infelizmente, os serviços ainda não foram concluídos. 

“Eles fecharam os dois lados da rua (Everaldo Vasconcelos) alegando que teriam que ampliar a tubulação de água para alguns bairros afastados da captação da Caesa que fica no bairro Paraíso, e prometeram que iriam terminar esses serviços em menos de 30 dias. Já se passaram até mais de 30 dias e a porcaria desse serviço ainda não acabou”, desabafou, com certa revolta, a doméstica Natali Ferreira, que reside nas proximidades do local afetado pelos serviços inacabados, que também reclamou da poeira causada pelos serviços que, segundo Natali, não está sendo executado de maneira correta. 

“Não entendo nada desse tipo de serviço, mas eles deveriam ter nos avisado antes sobre isso, por que temos filhos pequenos que saem todos os dias para a escola e quando chegam de volta, reclamam dessa poeira causada por esses buracos mal feitos. Já conversei duas vezes com o encarregado dessa obra e nem ele soube dar uma previsão do término desses serviços”, questionou Natali. 

Falta de água
Alguns moradores que residem no canto da Rua Everaldo Vasconcelos com a Avenida 07 de Setembro (e até de bairros adjacentes) reclamam que, em virtude desses serviços realizados no trecho citado, já estão sofrendo constantemente com a falta de água em suas torneiras. Há quem diga que a falta do produto chega a durar dias. 


“Quando começaram esses serviços, não havia tanta falta de água. Faltava de vez quando, mas não chegávamos a ficar até três ou quatro dias sem ter água”, contou a moradora Maria Darcy de Souza, que informou ter que esperar pela chegada de água em sua torneira somente nos horários da madrugada. “Tínhamos uma falta de água que aconteceu somente na parte do dia por que outras casas ligavam suas torneiras, mas quando era cinco ou seis horas da tarde já possível ter água de volta nas torneiras. Mas depois que abriram esses buracos nas ruas, a água vai embora e tem vez que ela só volta no outro dia ou com dois a três dias depois. Fica uma situação difícil pra nós que precisamos dele (água)”, relatou Maria Darcy. 

Prejuízo aos comerciantes
Além das inúmeras residências prejudicadas pelos serviços dessa via, os pontos comerciais situados nas proximidades também reclamam das perdas já somadas pela negligência do poder público. 

“Meus clientes já vieram falar pra mim da dificuldade de atravessarem esse local por causa dessa obra mal feita, e percebi que pelo menos um deles não retornou mais aqui depois que a rua ficou nessas condições (sem asfalto, causando excesso de poeira). Isso me prejudica bastante”, reclamou a empresária Donielle Mendes Rodrigues, que possui uma loja de materiais de construção nas proximidades, questionando sobre a queda até mesmo na venda de material em seu estabelecimento. 

“Disseram que esses serviços seriam entregues em menos de 20 ou 30 dias, mas já tem quase dois meses que só estamos vendo esses buracos se estendendo para a descida da Avenida Castelo Branco, e nenhuma previsão de terminar todo esse transtorno que estão nos causando”, disse a empresária Donielle, que reclamou da continuação dessa obra, na qual as escavações para implante da tubulação já chegarem no cruzamento da Avenida Castelo Branco com a Rua Antônio Abílio, subindo agora para a Rua Getúlio Vargas, no bairro Paraíso. 

Desvio dos ônibus
Outra classe afetada pela obstrução parcial do cruzamento refere-se aos coletivos intermunicipais que utilizam diariamente o local, levando dezenas de pessoas que trabalham e estudam em Macapá. No início dos trabalhos, os ônibus tiveram que desviar por outras ruas e avenidas de fora do itinerário, o que causou diversos transtornos para as pessoas que tinham que adivinhar o local por onde passaria os veículos. “A gente vinha para uma parada de ônibus, achando que ele (ônibus) iria passar por ali, mas depois percebíamos que ele estava desviando a rota inesperadamente. Tudo por causa dessas obras mal planejadas do governo”, reclamou o acadêmico Silvio Mesquita, que estuda numa faculdade particular de Macapá, que tinha que mudar diariamente o local para que pudesse pegar o ônibus exato e seguisse para a capital. “Havia dia que eu ficava até uma hora esperando pelo ônibus numa parada, e depois que eu percebia que ele estava passando em outra rota”, explicou o estudante. 

A coordenação do Blog Santana do Amapá entrou em contato com as assessorias de comunicação das Secretarias de Estado dos Transportes (Setrap) e Infraestrutura (Seinf), com intuito de buscar melhores esclarecimentos sobre a situação, mas não foi possível qualquer informação.

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