Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude realiza encontro com gestores de escolas estaduais

A Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude da Justiça do Amapá, representada pela Desembargadora Stella Ramos, pela Juíza Ilana kabacznik Luongo e por servidores do Juizado da Infância e da Juventude da Comarca de Macapá-Área de Políticas Públicas e Execução de Medidas Socioeducativas- esteve reunida com gestores de escolas estaduais. 

No encontro foram discutidas as dificuldades no atendimento de jovens que cumprem medidas socioeducativas nas escolas públicas de Macapá e Santana. Foi abordada ainda a realidade do socioeducando e as dificuldades que os gestores têm em fazer esse atendimento. 

A Desembargadora Stella Ramos abriu os debates falando da estrutura do Judiciário, no que se refere ao atendimento de crianças e adolescentes. Desde que a magistrada foi juíza da infância, sua intenção era reunir os gestores escolares. “Tem uma distância muito grande entre o que fala o Estatuto, o que o juiz coloca na sentença e a realidade dos diretores das escolas em receber os jovens infratores. Então, nós precisamos encurtar essa distância, e a primeira coisa, claro, é ouvir as pessoas”. 

A Juíza Ilana Luongo ressaltou também a importância do encontro para os diretores e representantes das escolas que estavam presentes. “Todo trabalho da infância é feito em rede e a rede precisa funcionar como um todo para que o adolescente receba o apoio necessário para que não volte a cometer outros atos infracionais ou quando chegar à maioridade cometer crimes e lotar o sistema presidiário”. 

O pedagogo José Paixão, representando a Vara da Infância de Santana, lembrou a necessidade do debate. “Esse encontro tem a importância muito grande porque cabe à Justiça encaminhar procedimentos no sentido de contribuir para a reinserção social de adolescentes em conflito com a lei, adolescentes que cometem atos infracionais de natureza menos grave”. 

O objetivo do encontro foi criar uma dinâmica entre o Juizado, o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), órgão ligado à Prefeitura e as escolas. Tudo para buscar a criação de instrumentos que não deixem as escolas se sentindo isoladas no tratamento desses jovens. O próximo passo será um encontro com o CREAS e os gestores estaduais.

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