Lixo santanense é depositado em aterro controlado de Macapá

Os prefeitos de Macapá e Santana, Clécio Luís e Robson Rocha, assinaram na tarde dessa quinta-feira, 27/03, o termo de compromisso que visa adotar soluções integradas para a destinação dos resíduos sólidos provenientes do município de Santana, no aterro sanitário de Macapá. 

A falta de um local apropriado e economicamente viável para a instalação de um aterro sanitário, conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos, inviabiliza a destinação do lixo proveniente da coleta em toda área urbana e rural de Santana. Com a necessidade imediata de se interromper a destinação dos resíduos para a “lixeira pública” santanense, as prefeituras, de forma integrada, acordaram a destinação do lixo do segundo maior município do Amapá. A partir de 1º de abril, o município de Santana destinará os resíduos produzidos e coletados para o aterro sanitário de Macapá, localizado na Rodovia 210, km 14. O termo de compromisso tem vigência de um ano. 

O prefeito Robson Rocha agradeceu a sensibilidade do prefeito Clécio Luís e disponibilidade em ajudar o município vizinho. “A lixeira pública de Santana representa perigo para a saúde pública, causa insegurança, além de deixar nossa cidade com um aspecto terrível. Graças ao apoio do prefeito Clécio mudaremos essa realidade. A partir de agora, os santanenses poderão ter qualidade de vida”. 

De comum acordo, o prefeito Clécio se colocou à disposição para ajudar a cidade vizinha do que estiver ao alcance da gestão. “Este é um ato bilateral de entendimento, somos cidades irmãs. O fato dos resíduos de Santana serem depositados no aterro de Macapá não trará prejuízo algum ao nosso município, se podemos fazer o bem para a população da cidade vizinha, não temos porque negar esta parceria”, reiterou. 

Motivos que levaram ao acordo
O município de Santana dispõe de uma “lixeira a céu aberto”, com área de 267 mil metros quadrados, onde são depositados, indiscriminadamente, os resíduos domésticos, comerciais e entulhos. A capacidade de uso do espaço encontra-se esgotada, em decorrência inadequada dos resíduos, bem como pela falta de ordenamento de uso. A lixeira tem representado risco à saúde dos moradores do entorno e aos motoristas que trafegam pela rodovia Duca Serra, em decorrência da fumaça, pela prática de atear fogo no lixo, e dos urubus que sobrevoam o local. 

Além disso, a proximidade com o rio Amazonas, assim como as instalações do Distrito Industrial, cuja contaminação do lençol freático pode comprometer a produção e como consequência provocar o fechamento de empresas. Outro fator relevante é que a cada ano a lixeira vem comprometendo a qualidade de vida das famílias e a disposição dos resíduos afronta a legislação ambiental.

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