Governo se reúne com prefeitos e mineradora para tratar caso de demissão coletiva

A reunião foi convocada em virtude da suposta demissão em massa de funcionários e prestadoras de serviços terceirizados da empresa mineradora Zamin Amapá. O governador Camilo Capiberibe, após ouvir todos os prefeitos, representantes das empresas e secretários, indicou o secretário da Seicom, José Reinaldo Picanço, como seu representante para o acompanhamento integral das ações relacionadas ao tema. 

As possíveis demissões foram a pauta principal da reunião entre o governador, prefeitos dos municípios de Serra do Navio, José Maria Lobato; de Pedra Branca do Amapari, Genival Gemaque; de Santana, Robson Rocha; vereadores das respectivas localidades; secretários de Estado e diretores da empresa Zamin. O encontrou ocorreu na noite de quinta-feira, 27/03, no Palácio do Setentrião. 

O governador Camilo Capiberibe deixou claro que as informações das possíveis demissões não preocupavam apenas os gestores dos municípios e da empresa, mas também o Governo do Estado, que mostrou preocupação e total apoio para evitar, ao máximo, esses transtornos aos cidadãos envolvidos com o projeto. 

"Evidentemente que nossa maior preocupação é com aqueles pais de família que trabalham diretamente para a empresa, assim como os terceirizados. O governo está à disposição para trabalhar conjuntamente e buscar alternativas para que possamos preservar, em primeiro lugar, os trabalhos e impedir, ao máximo, qualquer tipo de transtorno aos moradores das referidas localidades", afirmou. 

O diretor da Zamin, José Luiz Martins, explicou a real situação da empresa, informando que, pela programação, o porto entraria em operação no mês de maio, no entanto, a obra não ficou pronta e não há mais espaço para estocar minério. 

Paralisação
Segundo o diretor da Zamin, a previsão de paralisação num período de 90 dias refere-se às atividades da mina em Pedra Branca, no entanto a empresa continuará embarcando o minério para aumentar o ritmo de exportação. Nesse tempo de três meses serão dadas férias coletivas para que nenhum dos funcionários da Zamin seja demitido. No que se refere aos terceirizados, cada empresa está procurando uma solução que minimize prejuízos. 

Os prefeitos
Os gestores dos municípios de Serra do Navio, Pedra Branca e Santana, onde a empresa atua na extração, escoamento e exportação, estão preocupados com o impacto econômico e social caso o porto da Zamin não fique apto a funcionar no período de três meses, prazo estipulado pela empresa. As considerações de todos os gestores foram unânimes. 

"A nossa preocupação é com os munícipes e trabalhadores, motivo de estarmos aqui com o governador Camilo Capiberibe e com a empresa para acharmos possibilidades de diminuição desse impacto. Contamos com o apoio do governo e já estamos tendo", pontuou o prefeito de Serra do Navio, José Maria Lobato. 

O acidente
Desde o sinistro ocorrido no porto da empresa, em Santana, no dia 28 de março de 2013, quando houve o desmoronamento de terra levando para baixo o píer, que vitimou seis pessoas, a empresa Zamin que sucedeu a Anglo Ferrous, teve que reduzir suas atividades de escoamento de minério. 

Prevenção
A empresa também relatou que uma das soluções para evitar qualquer tipo de acidente é fazer uma dragagem no leito do porto, que significa retirar o material de forma lenta para que o talude, que hoje é vertical, volte ao formato inclinado. Porém, a Zamin esclareceu que, durante o serviço de dragagem, é necessário que a distribuidora de combustíveis Ipiranga, que ocupa a área ao lado da obra, suspenda as atividades para evitar qualquer risco de acidentes.

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