Posição portuária estratégica atrai investimento de R$ 200 milhões

O Seminário dos Portos, que discutiu as perspectivas e impactos econômicos com a implantação de negócios no Amapá, trouxe para o município de Santana, autoridades, empresários e representantes da sociedade civil, interessadas no assunto. A esperança é que os novos empreendimentos que possam se instalar no estado, atraídos pelas vantagens geográficas do Porto de Santana, transformem o município no mais viável economicamente do estado. João Afonso Dentice, coordenador-geral de Portos Fluviais da Secretaria de Portos da Presidência da República, não descarta esta possibilidade. 

Em parceria com a Cia Docas, Governo do Estado, e Prefeitura e Câmara de Santana, a Comissão ajudou a alcançar meta do Seminário, que era trazer para a mesa de debates o tema que atinge mais diretamente a sociedade, que é a movimentação da economia com a abertura de novas frentes e oportunidades de trabalho. Santana abriga o mais estratégico porto, geograficamente mais próximo da Europa e outros centros. 

Mato Grosso é o estado com quem o Amapá trava diálogo mais estreitos. Ele dá sinais de que está propício à interação comercial, o que propiciou diversos diálogos e troca de visitas entre os governos e empresários dos dois estados. Mato Grosso é um grande produtor e exportador de produtos como soja e grãos, e com maior interesse de investir no Amapá, pela localização portuária, que facilita o escoamento dos produtos e reduz os custos. Durante o Seminário, ficou visível a intenção de investimentos de empresários, o que já rendeu a implantação de três silos em Santana, que estão em construção. 

Para o diretor-presidente da Cianport, Cláudio Zancanaro, o Porto de Santana é a saída economicamente mais viável para os produtos graneleiros. As vantagens atraíram para o município o investimento de R$ 130, dos R$ 200 milhões que a empresa está disponibilizando para o Amapá e Pará. 

Estão em construção na Docas, um terminal de transbordo com três silos com capacidade para armazena 58 mil toneladas de grãos. “Depois de pronto, serão gerados cerca de 200 empregos diretos. Nosso próximo passo é investir no Porto Graneleiro na Ilha de Santana, que depende da licença ambiental”, disse. 

João Afonso Dentice, que veio representar o Ministério dos Portos, falou que a visita ao Amapá confirma o que dizem os estudos sobre a viabilidade econômica da região Norte a partir do Porto de Santana. “Há interesse dos governos, autoridades, empresário e sociedade, agora tem que ser criada de uma agenda positiva com as prioridades que devem ser tiradas do papel com mais urgência”, disse. O secretário de estado de Indústria, Reinaldo Picanço, informou que o governador Camilo Capiberibe disponibilizou os recurso para os projetos de captação. 

Para a deputada Fátima Pelaes, o seminário foi de grande importância porque comprovou que todas as forças necessárias estão unidas para que os investimentos cheguem o mais emprego e renda”, falou. 

Por Karina Rodrigues e Larissa Cantuária (Jornal do Dia)

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