Pó de minério faz escola suspender aulas pela segunda vez

As aulas na escola Santos Dumont, no bairro Elesbão, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, estão suspensas desde o último dia 03 de dezembro. A medida foi tomada após o colégio, que fica atrás de uma mineradora, ter ficado sujo por pó de minério de ferro. A empresa responsável pelo material foi multada por poluição atmosférica no mesmo dia em R$ 500 mil pelo Batalhão Ambiental. Essa é a segunda vez que há paralisação no ano letivo de 2013 pelo mesmo motivo. A primeira aconteceu em agosto. 

A diretora do colégio Márcia Freitas acredita que o pó de minério é levado até a escola por causa do vento forte na região. O colégio fica às proximidades do Rio Amazonas. O pátio e a quadra de esportes foram invadidos pelo minério. 

Com medo de serem prejudicados por possíveis problemas provocados pelo material tóxico, três professores já pediram transferências do colégio Santos Dumont. Ao todo, 640 alunos estudam em três turnos na escola. 

Com a paralisação do porto da mineradora, em março de 2013, após um acidente que deixou cinco mortos e um desaparecido, todo o minério está sendo estocado na área da empresa, em Santana. O local fica a poucos metros do colégio. "Como está ventando bastante nesses dias, o minério atingiu com bastante força a escola", comentou Márcia Freitas. 

Ainda no dia seguinte (04/12) as aulas continuaram suspensas. Segundo a diretora do colégio, uma reunião entre professores e pais de alunos vai decidir se as atividades vão normalizar nos próximos dias. As aulas foram suspensas ainda no dia 03 de dezembro pelo colégio a pedido do Batalhão Ambiental. "O pó do minério estava causando transtornos à escola. Orientamos a direção a tomar a medida porque o dano pode ser grave", disse o tenente Marcos Bezerra. 

O batalhão ainda estabeleceu que a mineradora intervenha na solução do problema no colégio. A empresa tem 45 dias para recorrer da multa aplicada por poluição atmosférica. 

Fonte: G-1/Amapá

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