Após desabamento, Santana ganhará dois novos trapiches

Um mês após parte da área portuária de Santana ter sido devastada por uma forte chuva, o porto vai ganhar dois novos trapiches de embarque e desembarque de pessoas e cargas que substituirão o local atingido. A Secretaria de Projetos do município deve iniciar as obras na próxima semana.

No último dia 9 de julho, a Defesa Civil, depois de vistoriar a área atingida pela enxurrada, constatou sérios riscos para a segurança de quem transita pelo local. De posse do relatório técnico do engenheiro que fez a avaliação, o órgão interditou o porto afetado e fez recomendações à Prefeitura de Santana para que tomasse providências em caráter de urgência.

A recomendação da Defesa Civil baseada no relatório técnico solicitava o remanejamento urgente de trabalhadores e ambulantes e transferência de embarque e desembarque de cargas para outro local. Além, de solicitar o isolamento total da área.

Atendendo às recomendações, a Secretaria de Projetos do município abriu processo licitatório em caráter de urgência para contratação de empresas. Segundo a secretaria Silvia Pessoa, a licitação já foi concluída. “Na próxima semana vamos iniciar as obras de dois novos trapiches na área portuária”, disse ela que, chamou a atenção para a celeridade nas obras devido ao risco de desabamento.

De acordo com Silvia, os trapiches serão construídos próximo ao Terminal Hidroviário do porto. A obra é destinada para embarque e desembarque de pessoas e cargas (açaí e peixe).

Ambulantes
A Secretaria municipal de Desenvolvimento Urbano e Resíduos Sólidos também foi recomendada pela Defesa Civil no sentido de retirar imediatamente os ambulantes do local atingido e remanejá-los para uma área segura.

Os ambulantes, os mais prejudicados pela enxurrada que devastou o local, após 30 dias retornaram para a área interditada. Os trabalhadores relataram que as providências da gestão municipal não foram tomadas, por isso retornaram para o local.

Sem condições de se manter financeiramente os ambulantes voltaram a comercializar seus produtos na área interditada. Mesmo sabendo que estão em um local de risco eles alegam que não têm opção, se forem para outro lugar serão impedidos de ocupar um espaço, onde não possuem autorização para ficar e comercializar seus produtos.

Sem estrutura
Com o retorno dos ambulantes surgiu outro problema que já chama a atenção no local, é a falta de condições higiênicas que a área oferece. Com o trânsito constante de pessoas que chegam e saem da área portuária justamente no ponto interditado aumenta a produção de lixo.

De acordo com os vendedores que trabalham na venda de alimentos e outros produtos, devido à situação o jeito é trabalhar no meio do lixo que vai acumulando aos arredores. “Nós estamos aqui porque precisamos, não somos contra sair daqui. Se a Prefeitura nos levar para outro lugar onde a gente possa trabalhar iremos com muito gosto”, disse o ambulante que não quis se identificar e que há 19 anos comercializa a venda de alimentos nas proximidades do porto.

Procurado pela imprensa, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Resíduos Sólidos de Santana, Jacinaldo Araújo, não passou informações quanto ao lugar reservado para fazer o remanejamento dos ambulantes.

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