Porto de Santana ganha Policiamento Marítimo

Garantir a segurança da navegação aquaviária em um raio de 20 quilômetros da poligonal do Porto Organizado de Santana. Esta será a finalidade da Delegacia Especial de Polícia Marítima do Amapá (GEPOM), que será inaugurada na próxima terça-feira (17/07), às 16h na Companhia Docas de Santana (CDSA). Instalada nas dependências da companhia, o grupo foi totalmente equipado para operar nas águas do Rio Amazonas. 

O GEPOM atuará na promoção de ações de combate aos incidentes ocorridos nos rios da região sob circunscrição da Superintendência da Polícia Federal no Amapá. Será de competência do grupo, o combate aos crimes ambientais, tráfico de drogas, contrabandos e a pirataria, como forma de assegurar a ordem portuária da região. 

Para o presidente da CDSA, Riano Valente, a Constituição Federal prevê o policiamento marítimo nos portos brasileiros e o Porto Organizado de Santana busca sempre executar ações que garantam a segurança no complexo operacional e administrativo.

Combate aos ratos d`água
A fiscalização da Polícia Marítima vai ajudar a combater os chamados ratos d´água. No Amapá, esse tipo de crime é comum, em função de a região contar com vários acessos via fluvial. Os crimes costumam acontecer quando passageiros das embarcações já estão quase na metade da viagem e são surpreendidos pelos ladrões.

O último caso que se tem notícia, ocorreu em no inicio de abril. A embarcação Ana Camila, que vinha do município de Afuá com destino a capital, foi invadida por cinco bandidos armados com revólveres e facas. Os criminosos ameaçavam matar caso o dinheiro não fosse entregue. Dos passageiros conseguiram levar objetos pessoais e R$ 6 mil reais do comandante da embarcação.

O acesso as embarcações facilita a ação dos bandidos, que aproveitam para entrar como passageiros.

Na região, o caso que ganhou maior repercussão foi o do neozelandês Peter Blake, ocorrido em 5 de dezembro de 2001. Peter Blake, considerado um dos melhores iatistas do mundo, foi assassinado por volta das 23h, em seu veleiro Seamaster, que estava ancorado no Rio Amazonas em frente à Fazendinha.

Seis homens armados, usando máscaras e capacetes de motociclistas, invadiram o barco e anunciaram o assalto. Blake e mais dois tripulantes teriam reagido e foram baleados. Peter teve morte instantânea. Os únicos objetos roubados foram um motor Yamaha de 15hp e relógios. Os assassinos foram presos.

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