AS VIAS "CARNAVALESCAS" DE SANTANA: SUAS TRISTES REALIDADES!

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Estamos há pouco mais de uma semana para o início do mês festeiro do ano. O período carnavalesco é considerado uma das épocas mais rendáveis para o comércio formal e informal. Da mesma forma pensa o Poder Público, quando procura liberar mil (ou milhões) de reais para serem anualmente aplicado nesse evento. Nos últimos nove anos, já foram liberados mais de R$ 10 milhões de reais, para serem usados exclusivamente nos carnavais de Santana. Em 2010, não houve desfile carnavalesco na capital e como toda programação social estava voltada para o “Corredor da Folia” de Santana, o Governo Estadual, juntamente com a Prefeitura de Santana, decidiram investir no evento que já estava organizado naquele município.

Até este ponto não há nada de anormal que possamos contestar, pois, sabemos que o Carnaval não é apenas um período de entretenimento do povo, mas também uma referência da cultura brasileira para o turismo internacional que muito nos visita durante esta temporada. Porém, para realizar um evento dessa proporção é também preciso planejar tecnicamente alguns itens, como o acesso limitado de brincantes e a interdição das vias públicas que dão acesso ao local do evento.

É justamente a questão dessas vias públicas que os órgãos competentes deveriam dar mais atenção durante este recesso, pois, é através dessas ruas e avenidas que dezenas de veículos ficarão trafegando temporariamente, enquanto as vias principais ficam servindo de palco de desfiles, danças e batalha de confetes.

Poderíamos nós, residentes no município de Santana, acharmos que esse mesmo procedimento se aplicaria durante o período carnavalesco, mas infelizmente, a concepção pelas autoridades tomada acaba sendo outra. Um exemplo bem claro está em um trecho da Avenida Castelo Branco, no centro de Santana.

Os moradores que residem no perímetro entre as ruas Cláudio Lúcio Monteiro e Presidente Kennedy, já não sabem mais o que dizerem dessa triste convivência. São inúmeros buracos abertos pelo asfalto, demonstrando a precariedade de uma das mais antigas e concorridas vias do município.

O trecho mais crítico fica bem próximo do ponto inicial que dá origem ao chamado “Corredor da Folia santanense” (pra não dizer mais claramente que o trecho está localizado numa via paralela com o corredor de acesso). Seria problema para o Governo Estadual jogar ao menos um aterro para amenizar o excesso de poeira daqueles mais de 600m de avenida precária, já que a famosa Avenida Santana vai receber toda a atenção necessária para divertir centenas de brincantes vindos dos quatro cantos do Amapá e do Brasil ao longo de seus quase 2km de corredor festeiro?

A antiga situação poderia deixar seus moradores surpresos, se não fosse o outro fato de que naquele mesmo perímetro também residir o vice-prefeito dessa mesma cidade que, segundo informações, já pensa em se mudar para um novo endereço (em vez de ajudar aqueles que também ajudaram o seu “chefe do município” a se eleger!). Sem falar que esse mesmo vice-prefeito também vem analisando as possibilidades de se candidatar ao cargo majoritário da cidade. Pode um negócio desses?

A única – se não tiver outra – é esperar por alguma providência futura de alguém que tenha compaixão das pessoas que residem nesse perímetro para ao menos jogar uma “carrada” de aterro nos buracos que se formaram naquela via, já que jogaram uma “carrada” de recursos no “Corredor da Folia” e não sobrou um centavo quem mora nas proximidades.

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